quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Phalaenopsis, reenvasamento!

Phalaenopsis (NOID híbrida branca)

 Decidi reenvasar já hoje a Phalaenopsis que me ofereceram. O substrato já estava demasiado decomposto e as raízes estavam a começar a mostrar sinais de encharcamento (potenciado pelo mau estado do substrato). 

Phalaenopsis (NOID híbrida branca) - Boas raízes, mas substrato decomposto!

 Urgência em arejar aquelas raízes!
 Decidi reutilizar aquele vaso, fazendo-lhe uns furos laterais para melhorar o arejamento das raízes. Como substrato decidi usar apenas Leca - é a primeira vez que experimento com uma Phalaenopsis.



 No centro do substrato encontrei algo invulgar, que nunca tinha visto antes: um pequeno invólucro em rede a envolver o substrato inicial em que a orquídea foi plantada, algo que julgo ser fibra de côco triturada. 
 Limpei as poucas raízes mortas, lavei e desinfectei com água oxigenada.

Phalaenopsis (NOID híbrida branca) - pronta para colocar em vaso
Phalaenopsis (NOID híbrida branca) - Resultado final

 Foi um desafio voltar a posicionar as raízes dentro do vaso. A Phalaenopsis acabou por ficar ligeiramente elevada no vaso e com as raízes expostas, mas não há mal algum nisso.
 Já cultivei Phalaenopsis antes com algum sucesso. O problema é que a minha casa é demasiado fria no Inverno e isso acabou sempre por as matar.
 Esta orquídea vai ser uma cobaia para testar o meu novo espaço e ambiente de cultivo, com janelas isoladas. Se tudo correr bem, quem sabe não lhe arranjo mais primas!

Ofertas, sem o esperar!

 Há dias em que, sem o esperarmos, nos chegam à mãos ofertas simples, mas com generosidade! Isso toca-nos profundamente.
 Hoje foi um desses dias!
 De manhã, numa visita a uma florista local, e depois de uma conversa sobre orquídeas, a senhora ofereceu-me uma Phalaenopsis branca.


 Recebi a meio da tarde dois bolbos de Haemanthus enviados por um colega Orquidófilo. Penso que será um bolbo de Haemanthus albiflos e o outro bolbo um Haemanthus coccineus.


 Quando estava a acabar de colocar os Haemanthus em vaso, um dos meus vizinhos chamou-me porque tinha colhido um cesto de uvas de mesa para nos dar. Delícia!


terça-feira, 19 de setembro de 2017

Sobralia Mirabilis 'Madeira'

Sobralia Mirabilis 'Madeira' - a 16-09-2017

 Andava ansiosa por cultivar uma Sobralia, qualquer uma, mesmo híbrida. Cheguei mesmo a pedir a conhecidos, que estão a morar na Madeira, para me trazerem uma orquídea destas de lá (e eu pagava, claro). Os meus pedidos caíram em esquecimento!
 Há exactamente um mês, tive a oportunidade de comprar a um colega orquidófilo uma divisão da Sobralia Mirabilis 'Madeira'. Recebi-a no dia 28 de Agosto. 

Sobralia Mirabilis 'Madeira' - a 28-08-2017

 Na altura fiquei um pouco assustada com aquelas raízes (ou falta delas)! Mas fora isso pareceu-me uma divisão bem composta: a orquídea veio com 5 canas (pseudobolbos), 2 com sinais de já terem florido e 3 ainda em desenvolvimento.

Sobralia Mirabilis 'Madeira' - a 28-08-2017

 Plantei-a num vaso com um suporte em volta para amparar as canas. Usei substrato para Cymbidiuns ao qual misturei uma boa dose de casca de pinheiro, sobre uma base de Leca, para tornar mais drenável. Nunca arriscando, já se sabe.
 Ao longo destas três semanas, a Sobralia Mirablis 'Madeira' foi perdendo algumas folhas, creio que apenas as inferiores nas duas canas que floriram. Em relação às outras três canas que ainda estavam em crescimento: o centro da cana mais pequena apodreceu (foto em baixo);
Sobralia Mirabilis 'Madeira' - a folha que estava a desenvolver, apodreceu!
... e as outras duas parece-me que continuam a crescer, muito lentamente (foto em baixo).
Sobralia Mirabilis 'Madeira' - Duas canas ainda a desenvolver!

 Já não espero ver flores daquelas duas "canas". Neste momento desejo apenas que a Sobralia se adapte ao meu clima e eu a consiga cultivar com sucesso. E ter descoberto nestes últimos dias que estão a surgir algumas raízes novas, bem, isso deixa-me feliz e motivada! Porque pelos vistos é importante que as Sobralias desenvolvam e mantenham um bom sistema radicular, em forma de novelo.

Sobralia Mirabilis 'Madeira' - Novas raízes!

Sobralia Mirabilis 'Madeira' - Novas raízes!


 A Sobralia Mirabilis é um híbrido secundário entre Sobralia macrantha x Sobralia Veitchii (Sobralia macranhta x Sobralia xantholeuca).
 No nosso clima podem ser cultivadas da mesma forma que os Cymbidiuns, todo o ano no exterior, aguentando temperaturas baixas. Na minha pesquisa, encontrei mesmo relatos de plantas que aguentaram alguma noites com geadas. Espero não submeter a minha a esse stress.
 Para que as Sobralias tenham um bom desenvolvimento vegetal e produzam flores, é muito importante que elas tenham um bom sistema radicular. Essa tem que ser a prioridade no seu cultivo, criar uma espécie de novelo de raízes
 que deve ser minimamente perturbado mesmo quando se muda a planta.
 Devem ser cultivadas com bastante luz, mas com pouco sol directo, preferencialmente apenas às primeiras horas do dia, ou então, ao fim do dia. A minha está encostada à casa, num local onde só apanha sol nas primeiras horas do dia.
 São plantas que gostam de substratos com uma humidade constante, porém, bastante drenáveis. Por isso adicionei mais casca de pinheiro ao substrato (para Cymbidiuns) em que plantei a minha Sobralia Mirabilis 'Madeira'. Isso permite-me regas frequentes, sem correr o risco de causar apodrecimento nas raízes.
 Na minha pesquisa encontrei um pequeno artigo em PDF escrito por Bruce Rogers. Achei-o bastante interessante e informativo.

sábado, 16 de setembro de 2017

Mais segundas tentativas!


 A manhã de hoje foi aproveitada para plantar alguns bolbos de Allium aflatunense 'Purple Sensation' e um bolbo de Fritillaria imperialis 'Aurora'
 Já tentei cultivar ambas no passado, mas sem muitos resultados. Vamos lá a uma segunda tentativa!


Allium aflatunense 'Purple Sensation'
 Os Allium aflatunense 'Purple Sensation' foram uma das variedades de Allium que plantei no meu jardim no Outono de 2014. Consegui que alguns florissem na Primavera de 2015, depois disso, simplesmente desapareceram.
 Não sei bem o que correu mal, se apodreceram no solo, se foram comidos por toupeiras (acho pouco provável)...
 Desta vez, para minimizar eventuais riscos de podridão, plantei os 6 bolbos num vaso com substrato para Cymbidiuns sobre uma base de Leca, para ajudar a drenar melhor.
 Bolbos de Allium aflatunense 'Purple Sensation'



Fritillaria imperialis 'Aurora'
 Em Dezembro de 2015 comprei 3 bolbos de Fritillaria imperialis, um de cada cor. Fiz uma pesquisa sobre o cultivo e fui cuidadosa quando os plantei: bolbos deitados de lado e bastante areia misturada com o substrato. Mesmo assim, algo correu mal e nenhum dos 3 bolbos desenvolveu. Apodreceram.
Bolbo de Fritillaria imperialis 'Aurora'

Bolbo de Fritillaria imperialis 'Aurora'
 Vou tentar novamente este ano. Comprei um bolbo de Fritillaria imperialis 'Aurora' e plantei-o numa mistura composta por cerca de 60% de casca de pinheiro com 40% substrato para Cymbidiuns.



Fritillaria imperialis 'Aurora' - bolbo plantado de lado
 Para potenciar ainda mais a boa drenagem do substrato, coloquei uma boa camada de Leca a cobrir o fundo e fiz uns furos extra no vaso.
 Agora durante o Inverno, vou recolher o vaso para um lugar exterior protegido das chuvas.

Sementeiras de Amaryllis (Hippeastrum): 'Nagano' & 'Red Pearl' - Ponto de situação

Hippeastrum 'Red Pearl'Hippeastrum 'Nagano'

 Semeei as sementes destes dois híbridos de Hippeastrum (Amaryllis) 'Red Pearl' e 'Nagano' em Julho e parece-me agora uma boa altura para fazer um breve ponto de situação e deixar algumas anotações/conclusões para me servirem de guia no futuro.
 As sementes de ambos estavam viáveis, mas tive melhores resultados com a sementeira do Hippeastrum 'Nagano' do que com a sementeira do Hippeastrum 'Red Pearl' (como se pode ver na foto em cima). 

Hippeastrum 'Red Pearl'

 A primeira sementeira que fiz, foi com as sementes do Hippeastrum 'Red Pearl' (foto em cima), e o meu erro foi colocar o vaso num local em que ficava exposto ao sol durante as horas de maior calor. Mesmo com regas constantes de modo a manter o substrato sempre húmido, não consegui evitar que as pequenas plantas, que começaram a nascer, fossem "cozidas" pelo sol demasiado quente. Quando reparei, já tinha feito estragos permanentes em algumas das plantas que acabaram por morrer.
 Alguns dias mais tarde, quando fiz a sementeira das sementes do Hippeastrum 'Nagano', por mero acaso tive o bom senso (ou instinto mais afinado desta vez) de colocar o vaso num local mais sombreado e as plantas desenvolveram-se muito bem, como se pode ver na foto em baixo. Só quando estas sementes começaram a nascer, é que tive a brilhante ideia de mudar o vaso da sementeira do Hippeastrum 'Red Pearl' também para a sombra!

Hippeastrum 'Nagano'

  Ofereci metade das sementes (dos dois Hippeastrum) a um colega orquidófilo. Das experiências conjuntas com as sementeiras de ambos, podemos concluir que as sementes germinam mais e melhor quanto maior for o grau de humidade e luz, mas nunca com sol directo, pelo menos não nas horas de maior calor. Foi um erro muito básico da minha parte que serviu de lição para futuras sementeiras.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Rossioglossum Rawdon Jester

Rossioglossum Rawdon Jester - a 12-09-2017

 O Rossioglossum Rawdon Jester é um híbrido primário entre o Rossioglossum grande (Odontoglossum grande) e o Rossioglossum williamsianum.
 Enquanto híbrido primário, se calhar a melhor forma de entender o seu cultivo, será analisar o ambiente em que se desenvolvem os seus "pais". São ambos nativos das húmidas florestas da América Central e os seus habitats encontram-se em altitudes até os 1000 metros, no caso do williamsianum, e entre os 1400 e os 2700 metros, no caso do grande. Por isso ambos toleram desde temperaturas mais frescas até algum calor, amplitudes térmicas que seguramente o Rossioglossum Rawdon Jester partilha com os pais.


Rossioglossum Rawdon Jester - a 12-09-2017

 O que faz com que o meu Rossioglossum Rawdon Jester (que me foi oferecido há quase 3 semanas) seja uma orquídea indicada para o meu tipo de cultivo. Resta saber se me desenrasco a cultiva-lo! Já se nota uma evolução positiva e para não passar por fala barato, deixo aqui em baixo duas fotografias tipo "antes e depois", uma tirada nos primeiros dias cá em casa e a outra tirada há dois dias atrás!


Rossioglossum Rawdon Jester - a 28-08-2017

Rossioglossum Rawdon Jester - a 12-09-2017

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Flores demasiado cedo!

Cymbidium (híbrido nº35)

Cymbidium (híbrido nº35)

Cymbidium (híbrido nº35)

 Contava e, na verdade, até precisava que este Cymbidium florisse apenas no fim do mês de Outubro. Mas com a evolução rápida e antecipada que está a ter, acho que vai florir demasiado cedo.
 Tem 3 hastes, todas já com os "botões" das flores visíveis. Cada haste não tem mais do que 5 flores, parece ser uma característica deste híbrido.
 Veremos com que cor vai florir este ano: verde ou amarelo?


Cymbidium (híbrido nº35)